O Real Madrid recebeu a equipe do Sevilla pela 16ª rodada do Campeonato Espanhol pressionada já que seu rival Barcelona, em primeiro lugar, havia vencido sua partida e aberto 5 pontos de vantagem. A vitória veio dos pés do argentino Di María de maneira dramática e sofrida, apenas no segundo tempo e com um jogador a menos até então.
A partida começou fria com a equipe da casa sonolenta e entrando várias vezes em impedimento, o que acaba proporcionando uma margem maior de erros para os bandeiras e o árbitro, que por vezes marcaram equivocadamente os impedimentos estragando chances potenciais de gols. Acontece que algumas vezes ao longo da temporada o Real tem que estar preparado para isso. Esses jogos onde parece que tudo está “formado” para que de errado. Onde nada que se cria se concretiza em gols, nem um lance flui, as faltas são mais marcadas pra lá do que pra cá, etc. O mais importante é não perder o controle emocional, pois mais vezes isso acontecerá. Se por vezes Mourinho alerta aos mais fervorosos torcedores em entrevistas coletivas que seu Real Madrid ainda precisa aprender a jogar partidas mais decisivas, como as desta noite e de UEFA CHAMPIONS LEAGUE, ele se refere a esta postura pouco eficiente e com uma auto estima baixa. O Real Madrid foi aos vestiários amargando um zero a zero que dava garantias de tons dramáticos para a segunda etapa.
No segundo tempo as coisas ficaram ainda piores, parecendo a tal “lei de Murphy” insistindo em dar seus ares. Logo no começo desta etapa derradeira o defensor Ricardo Carvalho (que já estava dando mostras de não estar em um bom dia, errando timings e lances não tão comuns de seu alto nível) acabou sendo expulso. O fator que faltava para o drama se estabelecer estava formado na cabeça e corações de todos envolvidos na partida, até os bancos das duas equipes trocaram farpas ao longo de quase toda a partida, coisa que dentro de campo não demorou a acontecer. Unindo-se a um péssimo árbitro e você imagina o que se viu, pouquíssimo futebol “jogado” e muitos empurrões, torcida impaciente, entradas ríspidas e eis que o craque alemão Özil diz: “Dá aqui que vou tratar de mostrar QUE ISSO AQUI É FUTEBOL”. O CARA corta e deixa sentado alguns adversários no bico direito da grande área do Sevilla, rola “ela” para Granero (recém chegado do banco de reservas) que chuta da meia lua, porém sai mascado, sobrando na esquerda onde o atrevido e cheio de confiança Ángel Di María matar a bola e sem ângulo arriscar um chute com o irritantemente ótimo goleiro Palop em cima do atacante merengue que nem acredita quando vê que a bola entrou provocando uma explosão de alegria no estádio Santiago Bernabéu.
Coube ao Real Madrid cozinhar a partida e deixar o Sevilla ainda mais frustrado, fator que contribuiu para mais algumas entradas desleais e trocas de empurrões. A verdade é que devido as circunstâncias da partida a vitória veio dos pés de um Anjo, quase literalmente. Ao Real agora vale pensar bastante sua postura e maneira de encarar seus próximos jogos, já que terá um curto (e merecido) intervalo de fim de ano e logo dia 1º as 1 hora da manhã deverá se apresentar de volta para a concentração e preparação da próxima rodada 17. A equipe entra em campo ainda este ano pela partida de ida das Oitavas de Finais da Copa do Rei da Espanha frente ao Levante em Madrid, na próxima quarta feira (22).
Escalações
Inicial
Final
Vídeo
Fontes: Marca.com, ESPN.com.br e Realmadrid.com
Tenso. Taí a palavra que melhor descreve esse jogo. Tá certo que tínhamos dois desfalques importantes [pra não chover no molhado e lastimar a ausência mais que sentida do Pipita], mas hoje a equipe estava mal. Aliás, o colegiado também estava péssimo, dentro do esperado - infelizmente.
ResponderExcluirEspero que o clube recorra da expulsão do Carvalho e do amarelo do Ramos... E vamos trocer por esse presentinho antecipado de Natal, né? Passar pras quartas da Copa do Rei!